quarta-feira, 13 de outubro de 2010

O que fazer?

“Pior do que a dúvida, só o silêncio e a inacção.
Tomar uma decisão nunca é fácil, principalmente se dela depende o rumo da nossa vida. E quando somos confrontados com esse tipo de situações, aí, nessas alturas, é que entramos numa espiral mental e emocional que alterna incessantemente entre o acreditar e desacreditar. O que fazer nestas alturas?

Principalmente, devemos parar!

Depois, devemos tentar encontrar mais informação sobre as opções de forma a eliminarmos, tanto quanto possível a hesitação, para, finalmente, agirmos firmemente.
O 2 de Paus vem dizer aos Leões que está na hora de agir, pois, enquanto não tomarem aquelas decisões, que têm vindo a adiar, uma certa tristeza irá persistir, desgastando-os cada vez mais.

O seu coração está apertado e cada vez mais ansioso pela libertação, então que tal parar de se esconder? O truque de ocupar todo o nosso tempo para não pensar nos assuntos incómodos é muito antigo e raramente dá certo, pois, mais cedo ou mais tarde, as questões por rever voltam sempre à superfície. Como é que vai ser? Vai quebrar o padrão habitual?”

Esta mensagem foi-me enviada por uma amiga que, ao ler o seu signo, me pediu a opinião, acerca de uma determinada situação! E, apesar de não sermos do mesmo signo, já que ela é Leão, pude facilmente perceber, transportar esse mesmo dilema dela e encaixá-lo na minha própria vida. Não apenas para a vida privada, porque não quero abordar aqui, agora ou neste momento, esse tema, mas, de certa forma, para o que ainda não decidi fazer em relação ao blogue:

• Encerrá-lo de uma vez;
• Convencer a actual gaja a continuar a escrever nele;
• Continuar a escrevê-lo sozinho;
• Arranjar nova parceira; ou
• Abrir um outro com uma nova identidade, onde ninguém me conheça ou saiba quem sou!

Assim sendo, e pelo facto de ainda não ter uma decisão tomada, continuarei, por aqui, a pensar!...

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Arriscar o amor...

"Arriscar-se é perder o pé por algum tempo. Não se arriscar é perder a vida..." Disse uma vez, Sören Kierkegaard.


Esta frase pode servir de inspiração para muitas coisas: para convidar aquela pessoa especial para sair; para telefonar a alguém porque apenas existe uma vontade indisfarçável de ouvir a voz dela; para mudar de emprego, de cidade ou até de país; ter-se a coragem para fazer uma declaração de amor ou simplesmente dizer “Gosto de ti”; e, ou até, de mudar de amor, para um novo amor!

É ao ler e, simultaneamente, pensar nesta frase que emerge uma vontade maior, um desejo que nasce e ganha corpo, ganha a força, e a firmeza de ânimo, para ir em frente. Para não ficar parado e avançar sem receios! Uma vontade de amar sofregamente porque, muito mais do que dúvidas, aquilo que me perturba é o medo de sofrer, ou em algum momento, o medo de ser amado e não ter capacidade de amar… Mas sem experimentar não há como acabar com estas dúvidas…

Todos os esforços parecem-me, hoje, inúteis, na tentativa de não sentir as emoções, porque, mesmo contra a nossa vontade, mesmo que queiramos destruir o amor, a vida será sempre um risco… não há como fugir dessa realidade genuína!

“Vale sempre a pena experimentar o amor. Feliz ou infeliz, o amor revela ao homem a verdade da sua essência e «empurra-o para a frente»”, relembra o filósofo. Claro que o medo de sofrer, como uma fantasia que habita o imaginário, está, permanentemente, lá. Principalmente, por mais estranha que nos possa parecer, depois de nos terem feito um assalto ao coração, quando a opção seja de rejeitar o amor! É um abismo de incompreensão que não nos permite aceitar e acaba por nos criar uma espécie de censura afectiva!

Ainda que não seja possível conciliar o quotidiano e o eterno, não vou desistir de mim mesmo, não vou desistir do que desejo, não vou desistir dos meus sonhos! Porque nesta vida tu podes até não me pertencer, mas, na história da eternidade, ficarás ao meu lado! Esta seria sempre, sem dúvida, uma excelente frase para um final de uma qualquer história de amor! Porque, as histórias de amor nem sempre acabem bem…

Nota: esta mensagem retrata muitas realidades! Um amor platónico, um amor impossível, um amor complicado e enviesado, o medo de se amar alguém, o medo da perda, enfim, talvez, o querer sempre encontrar uma garantia para os actos!
Mas é, sobretudo, uma reflexão sobre um dos temas que mais prazer me dá ler, reflectir ou escrever; o amor! E, terá sido, talvez, a última mensagem publicada aqui. Porque a Gaja, decisão que respeito, optou por se afastar do blogue, não sei se fará sentido continuar, a solo, num espaço que foi pensado para o debate de ideias, da contradição ou da controvérsia entre os dois sexos. Os próximos dias servirão, seguramente, para reflectir e tomar uma decisão quanto ao futuro deste espaço.

Até lá, sejam felizes…